.......álcool. Bebo as primeiras cervejas, aparecem as zangas com a namorada e, consequentemente, as bebedeiras. Rui Veloso, UHF, NZZN,Taxi, CTT, etc... o rock português renascia e com ele apareciam os concertos. Junto-me a um grupo que frequentava os concertos de uma determinada banda e surgem os "charros" de erva associados ao álcool. As zangas com a namorada são cada vez mais frequentes, entretanto, "descubro" os drunfs (antidepressivos), e passo a associar álcool, erva e drunfs. Por esta altura a escola quase que nao existia para mim, quanto ao futebol, as coisas desenrolavam-se com alguma normalidade. Como era de esperar o namoro acabou e aí faço a primeira "tentativa de suicídio" com anti-depressivos e álcool. Entretanto os meus pais já tinham regressado definitivamente e eu vivia com eles começando a dar problemas mais sérios. Dos "drunfs" passo aos "speeds" (estimulantes) mantendo o álcool nos meus hábitos de consumo assim como o haxixe. No futebol chego à equipa principal do Caldas tendo sido emprestado ao Bombarralense passado pouco tempo. Assim acabou a minha "carreira" futebolistica. Certo dia perguntam-me se quero experimentar a fumar heroína, aceitei e no fim de fumar não percebia porque se fumava aquilo, estando habituado a outras sensações, não sentia nada de especial. Claro que comecei a fumar heroína regularmente, deixei de frequentar o meu grupo de amigos e juntei-me a um outro onde se fumava heroína. Passado algum tempo, como eu tinha carro e podia deslocar-me, perguntaram-me se eu não queria vender ganhando assim para o meu consumo, óbvio que por essa altura já estava "agarrado" e aceitei. Enquanto me portei bem e fui pagando a droga que me era fornecida não tive problemas, só que a escalada do consumo aconteceu pois cada vez precisava de mais e deixei de pagar. Consequentemente, deixaram de me fornecer. Sendo assim, tive que me dedicar a alguns expedientes para conseguir o meu consumo diário: começaram os roubos em casa e passei a esperar que viesse alguém de fora comprar ás Caldas para eu fazer de intermediário e assim conseguir consumir.
Como as doses eram cada vez mais reduzidas e menos frequentes, comecei a injectar-me, para fazer mais efeito e assim tirar a ressaca mais facilmente. Entretanto já eu tinha deixado de estudar e a minha vida girava à volta da droga criando um ambiente péssimo em casa. Ocasionalmente juntava-me aos antigos colegas do futebol para participar em torneios e fazer jogos pelas aldeias dos arredores. A certa altura começo a deslocar-me com alguma assiduidade a Lisboa para comprar heroína, arranjando um contacto onde passei a dirigir-me sempre, até essa pessoa ser presa. Ao ser presa foi encontrada em sua casa uma lista de nomes onde constava o meu. Passado algum tempo fui abordado por uma pessoa que tinha vindo do Brasil que me perguntou se queria vender cocaína, claro que aceitei pois assim poderia fazer dinheiro para consumir a minha droga de escolha que era a heroína. Comecei a vender coca e ao mesmo tempo trabalhava numa firma de segurança. No início consegui ir pagando a coca, mas depois comecei a consumir praticamente tudo, sendo assim, não podia pagar e por isso comecei a roubar cheques e a falsificar as assinaturas na firma onde prestava serviço. Levantei um primeiro cheque de cento e dez contos e assim paguei a dívida, pouco depois fazia anos e como não tinha dinheiro levantei outro cheque, desta vez de vinte contos. Poucos dias depois, tomando consciência do que me poderia acontecer, tentei levantar um um cheque de novecentos contos para sair do país. Dirigi-me ao banco e aí foi-me dito que havia um engano e que deveria dirigir-me à empresa que me passariam outro cheque. Tive a perfeita noção de que tinha sido descoberto, então dirigi-me ao local de trabalho, confessei tudo e disse para chamarem a policia. Fui detido preventivamente, era o final do ano de 88. No Natal a minha família foi almoçar comigo e essa lembrança é a que mais me "dói" . Estive três meses detido, passando também Carnaval e Páscoa na cadeia, durante esse periodo fumei um charro e tomei "drunfs" diversas vezes, recusei heroína porque entretanto era-me impossivel fumá-la, e na cadeia tinha que me injectar com uma esferográfica, daí o ter recusado.
Ao fim de três meses saí para aguardar julgamento em liberdade, estava desintoxicado, ou seja não ressacava da heroína, pouco tempo depois comecei a trabalhar ao balcão de um bar, e aí voltei a consumir álcool em grandes quantidades, de vez em quando fumava uns charros e estive nesse bar seis meses. Voltei ao grupo de antes e á heroína. Entretanto é marcado o julgamento, onde juntaram tudo e sou acusado de consumo e tráfico de droga, furto, falsificação e burla, como declarei ir tratar-me fui condenado a três anos de pena suspensa. Passados alguns meses entro finalmente no Patriarche em França, cerca de oito meses depois conheci uma rapariga francesa com quem me juntei, entretanto decidimos abandonar o centro para casarmos, e fugimos os dois, como ela era de Marselha arranjámos maneira de lá chegar. Estive em Marselha cerca de quinze dias, depois regressei a Portugal para tratar das coisas para casarmos. Mesmo antes da minha namorada; vir para Portugal, já¡ eu estava a consumir heroína regularmente, quando ela chegou estava agarrado, é óbvio que pouco tempo depois também ela se drogava. Estando a viver em casa dos meus pais os problemas foram aparecendo e a situação foi-se deteriorando. Casámos a 22 de Junho, alianças num bolso e droga no outro, assim partimos para o que pensávamos ser o início de uma nova vida. Causámos tantos problemas que resolvemos saír de casa dos meus pais e alugar um quarto, como não tinhamos dinheiro foi o meu pai que pagou o aluguer, viviamos de algum dinheiro que faziamos a vender droga e ao segundo mês tivemos que voltar para casa dos meus pais, não conseguiamos suportar as despesas e consumir. Consegui arranjar trabalho para a minha mulher, que não falava português, numa empresa de um ex-emigrante e pouco tempo depois ela despediu-se alegando assédio sexual por parte do patrão, daí foi para um cabeleireiro onde também esteve pouco tempo, eu raramente trabalhava na oficina do meu pai. Fiz tantas ou tão poucas que fui obrigado a ir para um centro, a minha mulher ficou em casa dos meus pais, desta vez fui para a Remar, (perto de Penafiel), entrei com mil e quinhentos escudos no bolso e vinte horas depois vim-me embora exigindo o meu dinheiro. Cheguei a Lisboa sem gastar dinheiro, em Santa Apolónia, vendo que não chegava ao Rossio a tempo de apanhar o último combóio para as Caldas, meti-me num táxi. Apresentei-me em casa dos meus pais com mil e quinhentos escudos no bolso e catorze contos de táxi para pagar, (pagou o meu pai), com a desculpa de ir comprar tabaco fui a correr buscar heroína, a minha mulher que nunca tinha parado de consumir, apercebeu-se de tudo e consumimos juntos. Passámos meses assim até que decidimos ir para França, para a zona onde eu tinha estado de férias com os meus pais quando eles eram emigrantes. Encontrei um velho conhecido que vendia heroÃna e todo o dinheiro que tinhamos, ou nos era dado por um casal amigo dos meus pais que geria as nossa despesas por imposição dos meus pais, passou a ser gasto em droga, como se adivinha, em pouco tempo fomos descobertos sendo expulsos do quarto onde estávamos.
Como era de esperar tivemos que regressar a Portugal, não tendo dinheiro para a viagem foram os meus pais que pagaram, mas só com alguma manipulação da minha parte é que eles acederam em pagar o bilhete da minha mulher. Voltámos para casa dos meus pais. Continuámos a drogar-nos e a criar problemas, até que resolvemos ir para Marselha e pedir ajuda á família da minha mulher. Mais uma vez foram os meus pais que pagaram e lá fomos nós para Marselha. Chegámos a Marselha numa quarta-feira à noite, antes de arranjar um quarto ou ir ter com a família dela fomos procurar droga. Quando finalmente encontrámos a droga alugámos um quarto, pois já era tarde para irmos para casa da família dela. Ao chegarmos ao quarto abrimos o pacote da droga e aí descobrimos que tínhamos sido enganados. No dia seguinte de manhã a minha mulher disse que ia falar com a assistente social e para eu esperar no quarto por ela. Chegando ao meio-dia, e como o quarto só tinha sido pago para uma noite, tive que sair do hotel. Ao fim do dia como ela não regressava e tinha levado todo o dinheiro, deixando-me apenas doze francos que gastei comendo um cachorro, decidi telefonar aos meus pais, a pagar no destinatário, e contei-lhes o sucedido. Ficou combinado que no dia seguinte (sexta-feira) iam aos correios e me mandariam um vale postal. O problema era que o vale só chegaria na segunda-feira. Estava a dois mil e quinhentos quilómetros de casa, sem dinheiro, não conhecia ninguém, não tinha onde dormir nem o que comer. Depois de fazer vários quilómetros, tentando trocar a aliança por uma sandes, houve uma senhora num quiosque de cachorros que me deu um cachorro e uma Coca-Cola não aceitando a aliança (aliança essa que acabei por atirar para um lago). Nessa noite, dormi na estação onde ás cinco da manhã nos meteram a todos na rua para a lavarem. A meio da manhã comecei a procurar a família da minha mulher. Depois de algum esforço de memória consegui descobrir a casa e assim conheci o avô e o tio da minha mulher - eram a única família directa que restava. Bati à porta e apresentei-me como sendo o marido da Fabienne. Felizmente acreditaram em mim e receberam-me. Disponibilizaram-se a acolher-me enquanto não chegava o dinheiro para o meu regresso. Durante o período que estive em casa deles e com a desculpa de ir procurar a Fabienne, pedia dinheiro emprestado e ia comprar heroína, e como geralmente o dinheiro apenas chegava para a dose minima e não dava para a seringa, cheguei a apanhar seringas usadas do chão para me injectar. Certo dia, o tio da Fabienne diz-me que se eu lhe desse cama e ao avô, eles viriam trazer-me a Portugal e aproveitavam para conhecer os meus pais. Assim que cheguei ás Caldas, fui comprar droga com dinheiro que roubei ao tio da Fabienne aproveitando quando ele se levantou para ir à casa de banho.
Os familiares da Fabienne estiveram quinze dias em Portugal, entretanto eu já andava outra vez no circuito da heroína. As coisas estavam cada vez piores, eu quase não comia, passava dias e dias fora de casa, ficando numa casa de tráfico, onde me davam pequenas doses para me injectar a troco de ajuda a fazer os pacotes da droga. Quando estava em casa dos meus pais fechava-me no quarto e chorava desesperado com a minha situação, pensando que nunca me curaria. O meu pai continuava a dar-me mil e quinhentos escudos para a minha dose, mas eu queria sempre mais, e o desespero aumentava. Até que um dia resolvi escrever para o Patriarche a contar o que se passava, e a pedir ajuda. Aceitaram-me outra vez e mandaram-me para o norte de Itália, onde entrei em Abril de 1992. Estive lá cerca de dois anos, depois fui transferido para Espanha, para trabalhar na Direcção Internacional. Não me adaptei a estar fechado o dia todo num escritório e pedi para me mandarem para um centro onde me pudesse ocupar dos novos que iam chegando. Fui acabar perto de Bilbao. Ao fim de algum tempo andava com uma carrinha a recolher os produtos que ofereciam à associação. Entretanto conheci uma italiana, casada e com um filho, que estava no mesmo centro que eu, as coisas não estavam bem entre ela e o marido e acabámos por nos envolver. Posteriormente ela pediu a separação, mas os responsáveis do centro não estavam de acordo e como descobriram que era por minha causa separaram-nos e mandaram-me para um apartamento no centro de Bilbao. Eu continuei a pedir para que nos juntássemos, pedido esse que era sempre negado. Entretanto, mudaram-me para perto de Saragoça. No dia de passagem de ano havia festa no centro e eu esperava que a deixassem vir á festa. A certa altura o responsável daquela região ao ver-me, perguntou-me porque é que eu não estava a preparar-me para a festa, respondi-lhe que se ela não viesse eu não iria à festa. Ao ouvir a resposta o responsável mandou-me fazer as malas e expulsou-me, era trinta e um de Dezembro de 1994, oito horas da noite, não tinha jantado e não tinha dinheiro. Fui acompanhado até ao portão do centro e depois fiquei entregue a mim próprio. Consegui chegar à povoação mais próxima onde telefonei aos meus pais, chegámos à conclusão que o melhor era irem buscar-me, senão metia-se o fim de semana e eu não tinha ninguém que me ajudasse. Nessa noite não consegui dormir devido ao frio que fazia, finalmente o dia nasceu e dirigi-me ao centro da povoação onde depois de contar o que me tinha acontecido, um policia deu-me uma sandes. Cerca das onze horas da manhã chegou a minha irmã, a minha mãe e uma prima. Quando cheguei a Portugal entrei em contacto com a família da Lúcia e expliquei o que se passava. Passado pouco tempo já ela estava em casa no norte de Itália, combinámos que ela arranjaria casa e trabalho para mim e depois eu iria para junto dela.
Ao fim de um mês fui para Itália e comecei a trabalhar com um dos irmãos da Lúcia. Tudo corria bem até que um dia cheguei a casa e faltavam cem mil liras, perguntei onde estava o dinheiro e começaram as mentiras, passados alguns dias confirmaram-se as minhas suspeitas: a Lúcia andava a consumir. Seguiram-se várias discussões para que ela parasse, sem resultado. Um dia quando cheguei a casa a Lúcia tinha-se ido embora. Continuei a trabalhar com o irmão dela e fiquei a viver sózinho. Passaram-se sete meses e um dia recebo a visita da Lúcia, queria voltar a viver comigo. Eu não aceitei e disse-lhe que primeiro teria que me demonstrar que estava bem, e depois se veria. Rapidamente me apercebi que ela se drogava na mesma, conversei com ela, tentei tudo o que me foi possivel para que ela parasse de se drogar, mas não resultou. Só me restava a manipulação, então disse-lhe que também queria injectar-me e se ela gostasse de mim parava, senão seria a desgraça dos dois. Injectei-me e fui imediatamente para a casa de banho chorar, tinha a perfeita consciência do disparate que tinha feito. Como é óbvio, passámos a drogar-nos os dois. Algum tempo depois a família obrigou-a a ir fazer uma desintoxicação e eu fiquei sozinho e mais uma vez "agarrado" á heroína. Durante algum tempo consegui disfarçar as coisas mas depois tornou-se impossível e fui despedido. Ainda tinha quase um mês de renda paga e fui ficando. Enquanto houve dinheiro a situação era sustentável mas claro que o dinheiro acabou. Troquei alguns móveis da casa por droga, vendi os últimos objectos de valor que tinha e mais uma vez apanhei seringas do chão para me injectar. A fome levou-me a comer restos que apanhava do chão. Como vivia sozinho e a casa tinha dois quartos, aluguei um quarto a um tunisino que era traficante e o aluguer era pago em droga. Como cada vez apareciam mais "primos" para ficar lá em casa e a droga deixou de ser suficiente para me tirar a ressaca, decidi dizer-lhe para sair de minha casa o que veio a acontecer. Voltaram os dias de fome e as ressacas, ao ponto de chegar a injectar-me com Rum puro. Mais uma vez recorri aos meus pais, pagaram-me o bilhete de regresso. No inicio tentei dar a entender que não me drogava, depressa descobriram a verdade. Recomeçou tudo de novo e mais uma vez pedi ajuda ao Patriarche, aceitaram-me com a condição de que eu ficaria em Portugal. Tive que aceitar, fui para Vila de Frades a sete quilómetros da Vidigueira, onde cheguei no verão de 1995. Como era a terceira vez que estava naquela Associação sabia bem como funcionava, e sempre fiz tudo como devia ser, até que senti que poderia fazer outras actividades, e (na Vidigueira só havia animais e actividades agrícolas), pedi para ir para outro centro onde poderia trabalhar em algo mais proveitoso para a Associação e onde eu me sentisse melhor. Depois de eu pressionar bastante os responsáveis, fizeram um acordo comigo: eu passaria o Natal naquele centro (faltava quase um mês) e depois mudaria para outro, onde me iria ocupar do armazém de móveis (o meu pai tinha uma oficina de restauros de móveis). Entretanto ficava responsável por uma actividade que se chamava "Operação Quilo" e deveria ir todos os dias para as portas dos supermercados para recolher alimentos.
Precisamente na noite de trinta de Dezembro, dizem-me que deixarei de ser o responsável pela "Operação Quilo" e que ficaria no centro. Demonstrei o meu desagrado e disse que queria vir para casa, pedi para telefonar aos meus pais mas não deixaram, durante a noite fugi. Andei a esconder-me nas vinhas e nos eucaliptais para que não me encontrassem e acabei por ir dormir numas casas de banho públicas na Vidigueira. No outro dia de manhã telefonei para uma amiga de Portel que tinha conhecido durante a "Operaçao Quilo". Ela ajudou-me a recuperar alguma da roupa que eu tinha deixado no centro e convidou-me a fazer a passagem de ano com ela em casa de uns amigos - aceitei. No dia dois de Janeiro de 1996, ela emprestou-me dinheiro e vim para Caldas, cheguei a casa dos meus pais ao fim do dia, falei com eles e comprometi-me a começar a trabalhar no dia seguinte, na oficina do meu pai. Nos primeiros tempos, só bebia álcool aos fins de semana quando saía e ia para um bar, onde ficava até fechar ás sete da manhã. Comecei a substituir a droga pelo álcool, e chegava sempre bêbado a casa. Algum tempo depois de estar em Caldas reencontrei uma amiga de longa data e passei a ir ter com ela. Como nos encontrávamos em casa dela, comecei a fumar charros com ela. Fumei mais ou menos durante um mês e depois deixei de a procurar. Os fins de semana continuaram iguais, o mesmo bar, o mesmo grupo e sempre bêbado..... Um dia, nesse bar conheci uma amiga de uma prima minha e passados alguns meses estávamos a viver juntos, vivemos juntos cerca de três anos. Durante esses três anos continuei a embebedar-me e continuava a substituir a droga pelo alcool, tinha um comportamento extremamente egoísta. Foi durante esse periodo que resolvi criar uma associação de luta contra a toxicodependência, cuja apresentação foi em Outubro de 1999. A partir desse momento comecei a ter consciência do que era a recuperação, e não bebia tanto, no entanto o que bebia continuava a ser demais. Um dia por intolerância minha desentendi-me com a pessoa com quem vivia, e cometi alguns actos de loucura, inclusive tentei suicidar-me, sendo salvo no último instante. Desesperado, peguei na carrinha e dirigi-me à zona da estação para ir comprar heroína. Ao chegar a essa zona parei a carrinha e..........................................